Projeto Educação Inclusiva ganha prêmio nacional

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   Lançado no último mês de agosto pela Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes, o Projeto Educação Inclusiva, pioneiro no Brasil, recebeu, na última sexta-feira (15), o prêmio Desafio Secop 2017, durante a 45ª edição do Seminário Nacional de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para a Gestão Pública (Secop), realizada em Porto de Galinhas. O projeto é fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação do Jaboatão e o Instituto Handsfree, e garante a estudantes com dificuldades para escrever a oportunidade de participar das aulas, interagir com professores e colegas por meio da internet. O principal exemplo é o do estudante André Luiz Cavalcante, de oito anos, que está matriculado no 2º Ano Fundamental na Escola Municipal José Rodovalho,  que adquiriu tetraplegia em decorrência de complicações causadas pela leucemia.

   De acordo com dados do Censo 2010, o último realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 45,6 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência. “Além das limitações físicas, essas pessoas enfrentam grandes dificuldades para estudar, se qualificar e entrar no mercado de trabalho”, comentou a secretária municipal de Educação, Ivaneide Dantas, ao destacar a importância do prêmio, “principalmente por ter ocorrido em um dos maiores eventos de tecnologia do Brasil”.

   Os números mostram como é desafiador trabalhar com a inclusão social: segundo a Unicef, apenas 5% das crianças com deficiência no mundo completam o ensino fundamental. “Nosso maior prêmio é possibilitar a existência dessa tecnologia e assegurar o direito à educação para todos os jaboatonenses. Educação é fundamental, assim como garantir acessibilidade para todos”, enfatizou Ivaneide.

   Para ajudar o aluno André Luiz Cavalcante a assistir às aulas, a Prefeitura montou uma estrutura especial, com uma lousa digital de última geração, microfones, câmeras e um monitor, no qual a imagem do menino é transmitida direto de sua residência. Outros casos semelhantes já estão sendo analisados pela Secretaria de Educação do Jaboatão para serem beneficiados pelo Educação Inclusiva.